Museu Naval e Oceanográfico

RUA DOM MANUEL, 15
ANTIGA SEDE DO CLUBE NAVAL, PROJETO DE FRANCISCO CORREIA CÂMARA, 1898 C.
ATUAL MUSEU NAVAL E OCEANOGRÁFICO

AUTOR DESCONHECIDO | BAIXOS-RELEVOS EM ARGAMASSA, 1900 C.

Construído para sede do Clube Naval, sua decoração externa alude, principalmente, ao sem-número de instrumentos da navegação que durante os séculos ajudaram o homem a conquistar o mar.

No meio de algas e corais, dois putti – que bem poderiam representar os espíritos da curiosidade e da descoberta – sustentam flâmula entre numerosos símbolos ligados à atividade marítima: a bússola, a âncora e a carta náutica. Por trás da flâmula surge a estrela Polar (ou Polaris), uma referência à época em que os navegadores determinavam sua posição no mar através da observação dos astros (abaixo).

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Uma âncora ocupa todo o espaço vertical de um dos pequenos frontões acessórios da fachada. Emolduram-na dois peixes, estilizados, que por ela entrelaçam suas caudas. O simbolismo da âncora sempre esteve ligado às idéias de segurança, confiança, salvação e esperança, e por isso ela aparece quase sempre representada nas construções dos imóveis que mantêm alguma relação com o mar. Além dessa relação, é admissível que a conhecida simbologia cristã da âncora – com a exagerada arquitrave e junto a peixes, aludindo à Paixão de Cristo -, não tenha sido totalmente ignorada pelo artista no momento da composição do ornato (abaixo).

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Nascidos da extensa prole de Poseidon, o deus grego dos mares, os tritões eram responsáveis por acalmar as águas para a passagem de seu pai. Eram também mensageiros dos mares, e é por isso que vemos aqui um deles soprando uma concha, como a anunciar algo. Vê-se ainda um tridente entre narcisos, folhas de acanto e ondas produzidas pelo movimento de sua cauda (abaixo).

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