Continuando nossa homenagem ao Deus da Eloqüência, iniciada no longínquo 25 de junho de 2013 – http://orioqueorionaove.com/2013/06/25/os-mercurios-cariocas-parte-1/ -, vamos visitar mais algumas referências a Mercúrio na rica decoração arquitetônica carioca, pelo menos aquelas que merecem menção.
Abaixo vemos uma das 33 métopas do Ministério da Fazenda, na Avenida Presidente Antonio Carlos, 375. Executada em mármore pelo grande artista nacional Humberto Cozzo (São Paulo, 9 de agosto de 1900 – Rio de Janeiro, 18 de setembro de 1981), ela se refere ao comércio marítimo. Ali está Mercúrio junto a uma embarcação, seu capacete alado à cabeça e seu caduceu à mão esquerda.
Alguns atributos, de tamanha força simbólica, dispensam a presença do retratado. É o caso do caduceu, bastão alado utilizado por Mercúrio, que muitas vezes aparece representado isolado, sem Mercúrio, mas ainda assim se referindo a ele. Na cidade temos vários exemplos, abaixo reproduzidos: os números 16 e 18 da Rua Gonçalves Dias; o coroamento da Antiga Procuradoria, antiga sede da Caixa Econômica, na Rua Dom Manuel, 25; o gradil do pórtico do Antigo Banco Alemão Transatlântico, na Rua da Alfândega, 42; o SEC (Sindicato dos Empregados no Comércio), na Rua André Cavalcanti, 33, na Lapa; a antiga Companhia Docas de Santos (atual IPHAN), na Avenida Rio Branco, 44 e 46; o Palácio das Ferramentas, na Rua Senhor dos Passos, 23, e tantos outros.
Numa próxima postagem – não tão distante, prometo – mostrarei um pouco mais.