No dia 7 de setembro, além do aniversário do meu querido amigo Galo – o biólogo Ricardo Campos da Paz -, o Brasil, em geral, e o Rio de Janeiro, em particular, comemoram duas datas muito importantes.
A primeira, nacional, é a data de independência do Brasil, proclamada “às margens do Ipiranga”, em São Paulo, por Dom Pedro I. A segunda é a fundação, no dia 7 de setembro de 1920, da primeira universidade federal do país, a Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ para os íntimos.
Falamos hoje da presença da imagem do nosso primeiro imperador na estatuária urbana da cidade. Talvez a mais famosa das esculturas do monarca seja a Estátua Equestre de Dom Pedro I – a primeira escultura pública do país –, executada no ateliê parisiense do francês Louis Rochet a partir de projeto (muito alterado) do brasileiro João Maximiano Mafra e inaugurada no dia 30 de março de 1862 na então Praça da Constituição, hoje Praça Tiradentes.
Não é essa a escultura que estudaremos hoje, todavia. Uma outra estátua equestre nos desperta mais a atenção. Trata-se do grupo escultórico Independência, colocado no coroamento da antiga Câmara dos Deputados, atual Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, a ALERJ, na rua Primeiro de Março, no Centro.
A obra está assinada pelos escultores brasileiros Modestino Kanto (1889-1967) e Armando Magalhães Correa (1889-1944). Em concreto armado, pesa 42 toneladas e foi executada entre 1922 e 1926. Ali podemos notar 7 figuras humanas, entre figuras históricas e alegóricas, todas vestidas em indumentária grega. As figuras históricas são duas: o homenageado principal, Dom Pedro I, montado a cavalo, coroado de louros e erguendo o cetro imperial, e o Patriarca da Independência, José Bonifácio, à esquerda do imperador, junto ao cavalo.

Ainda do lado esquerdo do imperador e atrás de José Bonifácio encontram-se mais duas figuras alegóricas: a Resistência carrega um escudo e o Patriotismo é um cidadão musculoso que passa as mãos num dos três estandartes vistos na cena (foto abaixo).

Também junto ao cavalo, mas agora à direita do monarca, está a Liberdade, igualmente coroada, empunhando uma tocha à mão esquerda e trazendo à sua direita o Livro das Leis.
Atrás da Liberdade, uma outra figura alegórica traz um escudo à mão esquerda e uma adaga na direita: é a Força Militar. A terceira e última figura do lado direito do imperador, igualmente alegórica, tem junto de si o estandarte da nova nação: ela representa a Força Cívica (foto abaixo).

Por hoje é só, amigos! Axé, digo, até!
Ums auıa de historia
Nestes tempos de pandemia, é muito bom poder viajar pela nossa própria cidade… Valeu!!! Cuide-se!!!