Ícone do site O RIO QUE O RIO NÃO VÊ

FELIZ ANIVERSÁRIO, RIO!

Escultura de São Sebastião no coroamento d Igreja dos Capuchinhos, na Tijuca. Autor desconhecido.

Painel de azulejos da Igreja dos Capuchinhos, na Tijuca.

Boa tarde, amigos! Para não deixar em branco a passagem do aniversário dos 459 anos da nossa Cidade Maravilhosa, posto hoje o trabalho em azulejos já publicado aqui no Dia de São Sebastião, mas que também – e tão bem – representa o momento da fundação da cidade por Estácio de Sá naquele iluminado Primeiro de Março de 1565.[1]

O painel de azulejos visto em destaque sobre a portada da Igreja dos Capuchinhos, como já vimos, representa a fundação da cidade do Rio de Janeiro por Estácio de Sá naquele dia. Uma idílica cena traz uma série de atributos alusivos à conquista definitiva do local pela esquadra portuguesa sobre o invasor francês. Numa licença poética geográfica, são vistos de uma só visada o Morro Cara de Cão, a Pedra do Corcovado e o Morro do Castelo. Este último, que acabaria por se tornar o núcleo primitivo do novo Rio de Janeiro – e do qual só restam os vestígios iconográficos, como esse -, traz assentada em seu topo a primitiva Igreja de São Sebastião do Morro do Castelo[2].

No centro da composição estão 10 personagens: três indios temiminós – etnia aliada dos portugueses -, um frade franciscano capuchinho, alguns militares e alguns nobres portugueses, dentre os quais Estácio que, no centro da cena porta o pavilhão com as armas portuguesas. Ladeiam-no outro nobre lusitano, que consigo carrega a imagem em madeira do padroeiro do Rio de Janeiro – São Sebastião -, e o marco em pedra da fundação da cidade, com as mesmas armas.

Ainda hoje estes dois símbolos cariocas podem ser apreciados, junto da propria lápide mortuária do fundador, no interior da Igreja dos Capuchinhos, para onde foram transladados após a estúpida derrubada da igreja original, no Morro do Castelo.

Emolduram o lado esquerdo da composição, ancoradas, três naus portuguesas e uma piroga temiminó.

E por hoje é só. Feliz Aniversário, Rio!


[1] Não confundir com outro Primeiro de Março famoso, o de 1870, quando foi declarado o fim da Guerra do Paraguai e, segundo a lenda, alguém teria gritado da multidão sobre a então Rua Direita: – Que se chame, então, a partir de hoje, Rua Primeiro de Março!

[2] Também conhecido então por Morro de São Januário ou Morro do Descanso.

Sair da versão mobile