A postagem de hoje é tão-somente um registro do baixo-relevo localizado na fachada do Colégio Estadual Paulo de Frontin, cujo prédio novo foi inaugurado no dia 10 de novembro de 1929.
A então bem conservada fachada da então Escola Profissional Paulo de Frontin pode ser vista abaixo, em foto P/B do livro A Cultura Brasileira, de Fernando de Azevedo. A imagem colorida, mais abaixo, foi feita em março de 2014.
O endereço é Rua Barão de Ubá, 399, no Rio Comprido.
Pela simples análise do baixo-relevo já é possível inferir tratar-se de uma instituição de ensino profissionalizante, como as muitas que surgiram na cidade com a reforma do sistema de ensino conduzida pelo Professor Fernando de Azevedo em 1928. E mais: uma instituição de ensino para mulheres!
Analisemos, pois, essa composição, que carrega consigo certa ingenuidade formal.
Dispostos simetricamente no baixo-relevo estão sete figuras humanas: cinco figuras femininas emolduradas por duas figuras masculinas. A mulher central e os dois homens carregam atributos clássicos do Conhecimento e da Vitória – uma vitória conquistada pelo esforço da Educação: ela carrega uma tocha e cada um deles porta um ramo de louros.
Já as quatro mulheres restantes – duas de pé e duas ajoelhadas – carregam atributos alusivos às atividades desenvolvidas na instituição: um pincel, um tear, uma cesta e uma matriz litográfica?
De que material é feito o baixo relevo? Parece metal fundido, mas pode ser pintura metálica sobre cerâmica cozida.
Não creio que seja nem um nem outro, Ronaldo. Parece-me mais pintura metálica sobre argamassa…