Olá amigos! Segundo a Wikipedia – sempre a Wikipedia! – entende-se por monograma a sobreposição, agrupamento ou combinação de duas ou mais letras ou outros elementos gráficos para formar um símbolo. Monogramas frequentemente são construídos combinando as letras iniciais do nome de uma pessoa ou empresa e podem ser usados como símbolos ou logos.[1]
O Rio de Janeiro é riquíssimo[2] nesse tipo de comunicação simbólica. A título de degustação, separei alguns exemplos interessantes, e os pus aí abaixo.
A identificação do proprietário requer uma boa dose de paciência e pesquisa. Ainda possuo uma extensa lista de monogramas sem identificação do proprietário. Sendo assim, como sempre, estou à disposição para receber novas dicas de novos endereços e, principalmente, seus proprietários.
Rua Primeiro de Março, 12. Monograma SCM, de Santa Casa da Misericórdia. No mesmo prédio, além da inscrição 1788, podemos ler numa placa metálica sob a varanda: LEGADO À SANTA CASA DA MISERICORDIA PELO BEMFEITOR BELCHIOR SOARES DE AGUIAR EM 1788 RECONSTRUÍDO EM 1914
Rua Sete de Setembro, 133. No alto do frontão vê-se o monograma com as iniciais AC, referência ao proprietário do imóvel e fundador da Casa Cavé, o francês Auguste Charles Felix Cavé.
Rua do Rezende, 65 e 67. Vemos aqui parte da única porta remanescente do belo prédio do extinto Centro Gallego, clube espanhol que chegou a disputar o campeonato de futebol da cidade, em 1936.
Rua Vinte de Abril, 21 (antiga Travessa do Senado, rebatizada em homenagem ao Barão do Rio Branco, que ali teria nascido, no número 14). O monograma se refere à proprietária do número 21, Dona Maria Carqueija.
Rua Santo Amaro, 28. Antiga sede do High Life Club, de Paschoal Segreto (cujas inicias também aparecem por ali). Na foto vemos o monograma HLC nas portas de madeira. O imóvel, de fins do século XIX, pertence hoje ao Incra.
Rua da Alfândega, 5. Hoje o prédio está ocupado pela Escola de Cinema Darci Ribeiro, mas ele já foi sede do poderoso Banco Germânico da América do Sul. No monograma estão as iniciais DSB, de Deutsch-Südamerikanische Bank.
Nas próximas três imagens está o monograma da Irmandade de Santa Cruz dos Militares, uma cruz transpassada pelas inicias S e M. A imagem acima é do lindo sobrado à Rua Buenos Aires, 120.
Rua Buenos Aires, 126.
Rua do Resende, 79. O nome da rua se deve ao Conde de Resende, José Luís de Castro (1744-1819), quinto vice-rei do Brasil.
Estamos na Tijuca! Na residência de Dona Hermesilia Vianna Samarão – das iniciais HS -, na Rua Haddock Lobo, 239, está desde 1948 o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria do Fumo do Município do Rio de Janeiro. Vale a visita!
Avenida Almirante Barroso, 91. Popularmente conhecido como Bolo de Noiva, o Edifício Mayapan foi projetado em estilo art déco em 1940 pelo engenheiro Mario Freire. À sua proprietária original – a Companhia de Imóveis (do) Rio de Janeiro – deve-se o monograma visto aqui.
Praça Floriano, s/n. Nas alvenarias do majestoso Teatro Municipal, expressão máxima da arquitetura eclética no Rio de Janeiro, está este monograma TM.
Uma das portas laterais da todo-poderosa Companhia Sul America de Seguros, cujo endereço principal é Rua da Quitanda, 86. O prédio foi recentemente restaurado e ocupa uma quadra inteira, entre as ruas da Quitanda, do Rosário, do Carmo e do Ouvidor. A porta da foto recebe o número 70 da Rua do Ouvidor.
Rua da Carioca, 62. Antigo Cine Ideal. Projeto de Miguel Bruno, 1906. No frontão curvo vemos duas cornucópias e monograma com as iniciais VM, que remontam ao Visconde de Morais, José Julio Pereira de Morais (1848-1931), grande proprietário no Rio de Janeiro do começo do Século XX.
[1] https://pt.wikipedia.org/wiki/Monograma
[2] Em que não é riquíssimo o Rio de Janeiro?
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Um polpudo livro poderia transcrever grande parte desses monogramas espalhados pela cidade. Muito bom trabalho de pesquisa do autor. Bravo!